Tabela-verdade das preposições

As proposições podem se apresentar como simples, formadas por apenas uma proposição, e compostas, formadas por duas ou mais.

Exemplo:
Sérgio é médico. (simples)
Sérgio é médico e Laura é professora. [composta (por duas simples)]

Para formar proposições compostas necessitamos de determinados termos, conhecidos como conectivos lógicos, sendo eles:
  • Conjunção - "e" - representado por a ʌ b (lê-se a e b)
 Paulo é carpinteiro e João é pedreiro.
  • Disjunção inclusiva - "ou" - representado por a v b (lê-se a ou b
Para o almoço teremos carne de frango ou carne de boi.
  • Disjunção exclusiva - "ou ou" - representado por v b (lê-se ou a ou b
Ou te darei uma bicicleta ou um celular.
  • Condicional ou implicação - "se, então" - representado por ab (lê-se se a então b)
Se chover, então não irei ao cinema.
  • Bi condicional - "se e somente se" - representado por ab (lê-se a se somente se b)
Você será aprovado se e somente se estudar bastante.

A partir desse conhecimento poderemos elaborar a tabela-verdade para cada um dos casos:

Usaremos a fórmula X=2^n, onde X= número de linhas da tabela e n= número de proposições simples.

Como as preposições simples apresentam apenas uma preposição, sua tabela terá apenas duas linhas, pois X = 2¹ = 2. Essas duas linhas apresentam os valores V e F.

Nas preposições compostas teremos mais valores; uma preposição composta por duas simples apresenta tabela-verdade de 4 linhas, pois X = 2² = 4. E por aí vai...

Para saber a disposição dos valores nas linhas basta dividir o total de linhas por 2 até chegar a 1, encontrando assim o número de repetições para cada valor, por exemplo: X = 2³ = 8 linhas

Então, 8/2 = 4 valores consecutivos
4/2 = 2 valores consecutivos
2/2 = 1 valor alternado
Dessa maneira temos:
VVVVFFFF/VVFFVVFF/VFVFVFVF

Considerando uma tabela de 4 linhas (mais simples) temos as seguintes representações da tabela-verdade para cada conectivo:


Para lembrar:

Na conjunção o valor só será verdadeiro se o valor das duas preposições for verdadeiro.
Imagine: Para fazer uma caipirinha (p ʌ q) precisamos de cachaça (p) e limão (q). Se não tivermos cachaça, limão ou os dois ingredientes a bebida não poderá ser feita.

Na disjunção inclusiva o valor só será falso se as duas preposições apresentarem valor falso, caso contrário, apenas um valor verdadeiro já valida a preposição.
Imagine: Para se ter carne no almoço (p v q) podemos ter carne de frango (p) ou carne de boi (q) ou as duas. Só não teremos carne no almoço se nenhuma das duas opções puderem ser escolhidas.

Na disjunção exclusiva é obrigatória a exclusão de uma das preposições simples (precisa ter uma falsa) para que o valor de P seja verdadeiro.
Imagine: Você diz ao seu filho: "Neste Natal, ou te darei um celular (p) ou uma bicicleta (q)." Nessa situação você deixa claro que seu filho ganhará um dos dois presentes, não existindo a possibilidade dele ganhar os dois. Caso você não dê nenhum dos dois também estará mentindo, dando valor lógico falso para a preposição P.

Resumindo: Dar os dois presentes/Não dar os presentes: FALSO
                    Dar o celular ou Dar a bicicleta: VERDADEIRO 

Na condicional temos que "p" é suficiente e "q" é necessário, portanto, se "q" for falso quando "p" for verdadeiro estaremos atribuindo valor lógico falso para a preposição.
Neste caso: V + V, F + V e F + F = VERDADEIRO, enquanto V + F = FALSO (Vagner Falou = Tá Falado)

Na bi condicional teremos valor lógico verdadeiro quando as duas preposições tiverem valores lógicos iguais, enquanto que um valor diferente atribui a ela valor lógico falso. 
Lembre-se: BI condicional = VV, FF = VERDADEIRO
"O Atlético MG é falso pois não tem bi." 

Para fechar, quando tivermos uma sequência de conectivos devemos respeitar sua ordem de precedência a fim de realizar o problema corretamente, como no caso 
(p ʌ q) v r, por exemplo.

Eis a sequência:  NÃO - E - OU - SE ENTÃO - SE, E SOMENTE SE
                              maior prioridade                     menor prioridade


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